Comentários a letras de canções

Lemos textos que são letras de canções. E descobrimos o que nunca tínhamos ouvido...

Não há estrelas no céu, Rui Veloso

Não há estrelas no céu a dourar o meu caminho,
Por mais amigos que tenha sinto-me sempre sozinho.
De que vale ter a chave de casa para entrar,
Ter uma nota no bolso pr'a cigarros e bilhar?


[Refrão]


A primavera da vida é bonita de viver,
Tão depressa o sol brilha como a seguir está a chover.
Para mim hoje é Janeiro, está um frio de rachar,
Parece que o mundo inteiro se uniu pr'a me tramar!
Passo horas no café, sem saber para onde ir,
Tudo à volta é tão feio, só me apetece fugir.
Vejo-me à noite ao espelho, o corpo sempre a mudar,
De manhã ouço o conselho que o velho tem pr'a me dar.
 

[Refrão]

Hu-hu-hu-hu-hu, hu-hu-hu-hu-hu.
Vou por aí às escondidas, a espreitar às janelas,
Perdido nas avenidas e achado nas vielas.
Mãe, o meu primeiro amor foi um trapézio sem rede,
Sai da frente por favor, estou entre a espada e a parede.
Não vês como isto é duro, ser jovem não é um posto,
Ter de encarar o futuro com borbulhas no rosto.
Porque é que tudo é incerto, não pode ser sempre assim,
Se não fosse o Rock and Roll, o que seria de mim?
 

[Refrão]

Não há-á-á estrelas no céu...
 


Escolhi esta canção porque já a conhecia e gosto da letra porque fala da adolescência e da juventude e eu estou a passar por essa fase.
A música e a letra ligam-se muito bem, e toda gente se identifica com esta música porque toda a gente passa pela adolescência.
A actividade de ler letras de canções é interessante porque na maioria das vezes nós gostamos de certas músicas só pelo ritmo e não percebemos o significado da música, ao ler as letras ficamos a perceber o que a música quer dizer e se nos identificamos com ela ou não.
Homer Simpson

Idade da estupidez, Klepht

Chega de calma
Critiquem tudo
Ou estamos de passagem e quem vier que resolva o mundo?

Vamos unir
As próximas gerações
Ou ver passar o tempo sem pensar em ter soluções?

Nada nos prende mais
Somos a solução óbvia
Qualquer dia a coisa tem de mudar
Segue-se a extinção

Começa de novo
Poupa palavras
Temos as ideias
Só nos falta ter a coragem

Vamos fazer
A nossa revolução
Ou deixar que façam do futuro uma ilusão?

Mas já vai a meio do processo
E este é o momento

No fim do mundo
Que fique um sentimento
Só não fizemos algo mais
Porque não tivemos tempo

Mas não muda nada
Mantemos tudo
Façam mais cimeiras para dar um tiro no escuro

Há que manter
Dinheiro a correr
E jogos de interesses preservados pelo poder

Parem de vez
Menos porquês
Estamos a viver na idade da estupidez?
Vamos fazer a revolução
E dizer não, dizer não....

No fim do mundo
Que fique um sentimento
Só não fizemos algo mais
Porque não tivemos tempo

No fim de tudo
Vai sobrar silêncio
Só não fizemos algo mais
Por sermos mais do mesmo





Escolhi esta letra porque já conhecia a banda e sempre gostei das músicas deles. Identifico-me muito com a letra.
Esta é uma canção que fala sobre a sociedade actual e, indirectamente, dos que já passaram por cá. O autor pergunta: se os que já viveram antes de nós não fizeram nada para melhorar o mundo em que vivemos, porquê que temos de ser nós a melhorar, os próximos que vierem que o façam. Esta é a minha interpretação e eu identifico-me com esta música porque faço a mesma pergunta a mim mesmo.
Com a actividade de ler letras de canções aprendi a compreender a perceber melhor o que leio. Percebi que quanto mais ler mais poder de compreensão ganho.
Zlatan

Escolhi esta letra porque conheço e gosto da música, identifico-me com ela. Ao lermos letras de canções, para além de ganharmos hábitos de leitura,  percebemos melhor o significado da música.
Aprendi que depois de ouvirmos muitas músicas que nem sequer conhecemos e depois de lermos as letras, percebemos que têm muita coisa que também nos acontece.
Boss

Sexto andar, Clã


Uma canção passou no rádio
E quando o seu sentido
Se parecia apagar
Nos ponteiros do relógio
Encontrou num sexto andar
Alguém que julgou
Que era para si
Em particular
Que a canção estava a falar

E quando a canção morreu
Na frágil onda do ar
Ninguém soube o que ela deu
O que ninguém
Estava lá para dar

Um sopro um calafrio
Raio de sol num refrão
Um nexo enchendo o vazio
Tudo isso veio
Numa simples canção

Uma canção passou no rádio
Habitou um sexto andar




Escolhi esta letra porque a achei bonita, engraçada. Conhecia essa música, embora no início não estivesse a reconhecer a letra.
É uma canção interessante porque fala sobre uma música que encheu um vazio. Hoje no dia-a-dia isso também acontece, quando ouço uma certa música às vezes acaba por me animar.
Acho esta atividade de ler letras de canções interessante, porque fiquei a conhecer algumas letras de músicas que não conhecia e até tive curiosidade para ouvir a música. Com esta atividade aprendi que se deve sempre tentar perceber a mensagem que a letra transmite, para depois percebermos a música. Cheguei à conclusão que não interessa só ouvir a música, mas também ler a letra.

P.

Que parva que eu sou, Deolinda

Sou da geração sem remuneração
E nem me incomoda esta condição.
Que parva que eu sou!

Porque isto está mal e vai continuar,
Já é uma sorte eu poder estagiar.
Que parva que eu sou!
E fico a pensar,
Que mundo tão parvo
Que para ser escravo é preciso estudar.

Sou da geração 'casinha dos pais',
Se já tenho tudo, para quê querer mais?
Que parva que eu sou!
Filhos, marido, estou sempre a adiar
E ainda me falta o carro pagar,
Que parva que eu sou!
E fico a pensar
Que mundo tão parvo
Onde para ser escravo é preciso estudar.

Sou da geração 'vou queixar-me para quê?'
Há alguém bem pior do que eu na tv.
Que parva que eu sou!
Sou da geração 'eu já não posso mais!'
Que esta situação dura há tempo demais
E parva não sou!
E fico a pensar,
Que mundo tão parvo
Onde para ser escravo é preciso estudar.

 


Escolhi esta letra porque gostei e não conhecia.
A opinião que tenho sobre a música e a letra é que ambas se adequam ao tempo que estamos a viver neste momento.
S.

Crise de identidade, Mundo segundo

(refrão)
Não tentes ser aquilo que tu não és, sê tu próprio da cabeça ate aos pés, mostra o que vales e o que trazes ai dentro, veste a tua pele e larga esse tormento. (x2)

Não tentes ser aquilo que tu não és
Zeca afonso, madredeus, xutos e pontapés,
Vazas como marés e foges a sete pés
Sou velha escola como putos a roubar bonés,
Viciado em improviso sempre rimei por desporto
Exorcizo demónios que tenho dentro do meu corpo
Grande porto assumo posto, terra de bom vinho
Corto mc's aos três como partes do padrinho,
Outro mundo? só se for o meu sobrinho
Eu não rimo com clones prefiro faze-lo sozinho
Arranja um estilo próprio e devolve esse emprestado
Não voltes a pegar em nada sem antes ter perguntado
És carente de ideias e conceitos originais
Um choque em cadeia com várias vítimas mortais, tu vais
Atrás dos pais numa bicla sem pedais
Essa merda cansa à brava como filas de hospitais

(refrão)
Não tentes ser aquilo que tu não és, sê tu próprio da cabeça ate aos pés, mostra o que vales e o que trazes ai dentro veste a tua pele e larga esse tormento. (x2)

Os mais reais decifram entre linhas
Quem não sabe e' como quem não vê cuscos e vizinhas
Trago adivinhas para os mais perspicazes
Batidas e rimas divinas mais eficazes
O meu estilo é livre só depende de si próprio
Chama-me gepeto se tu fores pinóquio
O que escrevo é puro ópio de povo gratuito
Com uma das maiores plantações do circuito
Isto sim e bonito na paz sem conflito
Sempre fora de moda mas assumindo o risco
É mais um disco para celebrar a arte
Leva o dinheiro e as medalhas mantêm-te à parte
Eu venho na descontra trago versos sem conta
Mantenho neurónios numa constante hora de ponta
À tua afronta e eu faço de conta
Que provavelmente és só um jovem que ainda nem desconta

(refrão)
Não tentes ser aquilo que tu não és, sê tu próprio da cabeça ate aos pés, mostra o que vales e o que trazes ai dentro veste a tua pele e larga esse tormento. (x2)

É preciso trabalhar e dar-lhe mais forte
Mais vezes no estúdio e menos no serrote
Esquece o holofote quem te segue não ofola o spot
Mas sim o amante incondicional do verdadeiro hip-hop
Mc produtor mas acima de tudo ouvinte
Quem me dera desfrutar já do disco seguinte
A cidade está cinzenta a precisar de quem a pinte
Esta história já vai lenta reproduza vezes vinte
Dou-lhe com requinte e divirto-me a faze-lo
O sucesso dos outros não me causa dor de cotovelo
Cai-me o cabelo e vão passando os anos
Mas seremos felizes manos enquanto rimamos
Perpetuamos a glória de todos nossos versos
Há quem diga que temos concertos bem maiores que congressos
Sem fins partidários apelamos ao livre arbítrio
Para que cada mano se sinta confortável no seu próprio sítio.




Escolhi esta letra porque gosto e já a conhecia.
Aprendi a não “julgar um livro pela capa”, que se deve ler as letras e não ficar apenas pelo título.
El Mago

Eu escolhi esta música porque gostei da letra e acho que é interessante. Era uma música que eu não conhecia. É uma música interessante que nos passa a mensagem de sermos nós próprios.
A.

 

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